sexta-feira, 29 de julho de 2022

LEONARDO ATTUCH

 Leonardo Attuch

Elites econômicas já assimilaram a vitória de Lula e isso fará ex-presidente crescer ainda mais entre os homens

"O que a elite está dizendo agora é que não dá pra votar em Bolsonaro – e isso vai se espalhar entre a classe média", escreve Leonardo Attuch, editor do 247

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(Foto: Ricardo Stuckert)
 

A percepção de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é mais rejeitado pela classe dominante brasileira, especialmente depois do manifesto pela democracia, ao qual aderiram entidades como Fiesp e Febraban, será decisiva nas eleições presidenciais de 2022 e pode ajudar a sacramentar a cada vez mais provável vitória em primeiro turno do candidato petista.

Bom dia 29.07.22

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Explico: há, entre os homens brasileiros, um comportamento padrão, que consiste em reproduzir valores e posicionamentos da classe dominante, como se a mera reprodução pudesse também transformá-los em integrantes desta mesma "elite". O desejo quase universal do homem brasileiro é ser próspero – ou, pelo menos, parecer próspero. Por isso mesmo, a partir do momento em que o patronato brasileiro mais uma vez dá sinal verde ao candidato do povo, a mensagem é imediatamente compreendida pelas camadas médias da população.

Na mais recente pesquisa Datafolha, em que Lula tem 47% dos votos contra 42% de todos os adversários, o que representa quase 53% dos votos válidos e, portanto, vitória em primeiro turno, o dado mais marcante foi o crescimento do ex-presidente entre os homens. Lula avançou quatro pontos e foi de 44% a 48%. O maior crescimento se deu justamente na faixa de renda entre cinco e dez salários mínimos, ou seja, na classe média. Neste segmento, os homens que já queriam votar em Lula mas não podiam admitir estão compreendendo que não serão mais vistos como pobres se optarem pelo ex-presidente.

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