30/03/2015 13h18
- Atualizado em
30/03/2015 13h23
Comerciante é suspeita de balear e queimar cozinheira de concorrente
Vítima pediu ajuda após levar 4 tiros e ter 50% do corpo queimado, em GO. Para a polícia, disputa por clientes motivou o crime; uma suspeita foi presa
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Cozinheira de uma pamonharia de Goiânia, Marizete de Fátima Machado, de
53 anos, foi atingida por quatro tiros e teve cerca de 50% do corpo
queimado em um matagal em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana.
Mesmo com os ferimentos, ela conseguiu pedir socorro e ser encaminhada a
um hospital. A proprietária de um comércio concorrente ao que a vítima
trabalhava foi presa, na madrugada desta segunda-feira (30), suspeita de
cometer o crime por uma disputa por clientes.
O crime ocorreu na noite de domingo (29). A vítima segue internada
nesta manhã, em estado grave, no Hospital de Urgências de Goiânia
(Hugo). Segundo boletim médico, a paciente passa por cirurgia.
saiba mais
O caso foi registrado no 20º Distrito Policial (DP) de Goiânia. De
acordo com o delegado Geraldo Caetano Brasil, a vítima foi rendida
quando saía da pamonharia, localizada no Setor Jardim América, e seguia
para a casa em que mora, no Setor Nova Suíça. Colocada em uma
caminhonete, a mulher foi levada para o matagal na cidade vizinha, onde
sofreu a tentativa de homicídio.
Segundo o delegado, um dos quatro tiros atingiu a cabeça da vítima. Em
seguida, os suspeitos jogaram álcool e atearam fogo no corpo de
Marizete, que teve ferimentos nos braços, pernas e peito. Após pedir
ajuda e conseguir resgate, a mulher revelou aos policiais militares as
identidades dos autores do crime e onde eles moravam.
Comerciante de 55 anos foi presa suspeita de
cometer o crime (Foto: TV Anhanguera)
Investigaçãocometer o crime (Foto: TV Anhanguera)
Os suspeitos são a comerciante, de 55 anos, e o filho dela, que não teve a idade informada. A mulher foi presa em casa e segue detida no 20º DP. Já o jovem está foragido.
De acordo com o delegado, Marizete era "funcionária qualificada, especializada em fazer pamonhas, caldos e diversidades na área". A polícia apurou que os suspeitos montaram a pamonharia em frente à que a vítima trabalhava, mas, mesmo com os produtos mais baratos, não tinha tantos fregueses quanto a concorrente.
O delegaco acredita que mãe e filho queriam matar a cozinheira do outro comércio para atrair mais clientes. "As pessoas acusadas acharam que, se eliminassem a vítima, a pamonharia de grande freguesia perderia a freguesia e os fregueses passariam para a pamonharia dos acusados", disse Geraldo.
Ao que tudo indica, a comerciante será indiciada por tentativa de homicídio triplamente qualificado.
Suspeita fez trabalho espiritual com nomes de
colegas da vítima (Foto:TV Anhanguera)
Ameaçascolegas da vítima (Foto:TV Anhanguera)
O comércio dos suspeitos chegou a ser aberto nesta manhã, mas logo foi fechado. O crime assustou os colegas de trabalho de Marizete. Eles estão com amedrontados. “Eu não quero ficar aqui mais porque já que estamos ameaçados, eu devo estar no meio também”, diz a auxiliar de cozinha Ana Rosa da Silva Costa.
A vítima trabalhava há pelo menos cinco anos no local. Segundo Ana, a desavença entre os comerciantes é antiga e existe desde que a pamonharia se instalou no local. Inclusive, a funcionária conta que as ameaças dos concorrentes eram constantes.
Outra colega de trabalho da vítima, a garçonete Débora da Silva Bastos, relata que, há um mês, encontrou na porta da pamonharia um trabalho espiritual com o nome de nove funcionários. "Um funcionário da noite encontrou lá fora e jogou dentro do lixo, daí retirando lixo eu encontrei e entreguei para minha patroa, só que achei estranho, tinha vários papeizinhos dentro do vidro e daí ela viu que tinha os nomes dos funcionários", conta Débora