FERIADO ESTADUAL
A HISTÓRIA DOS MÁRTIRES
DE CUNHAÚ E
URUAÇU
WIKIPÉDIA
Mártires de Cunhaú e Uruaçu ou Protomártires
do Brasil, é o título dado aos 30 cristãos martirizados, no interior
do Rio Grande do Norte.
Foram vitimas de dois morticínios, ambos no ano de 1645,
no contexto das invasões
holandesas no Brasil. O primeiro na Capela de Nossa Senhora das
Candeias, no Engenho de Cunhaú, município de Canguaretama; outro em Uruaçu, comunidade do município de São
Gonçalo do Amarante.
Foram beatificados pelo Papa João Paulo II em 5 de março de 2000.
E no dia 23 de março de 2017 o Papa Francisco autorizou a canonização
dos 30 mártires do Rio Grande do Norte.
Morticínio de Cunhaú]
O primeiro engenho construído
no Rio Grande do Norte foi
palco de uma grande chacina, uma das mais
trágicas da história do Brasil. No ano de 1645,
o estado do Rio
Grande do Norte era dominado pelos holandeses.
Jacob Rabbi, um alemão que atuava então a mando e serviço
do governo holandês, chegou a Cunhaú no dia 15 de julho de 1645,
mas já era conhecido pelos moradores, pois havia passado por lá anteriormente,
sempre escoltado pelas tropas dos índios Tapuias. Nesse dia, veio com mais força. Além
dos Tapuias, trazia alguns potiguares e soldados holandeses.
Era Domingo, dia 16 de julho de 1645,
como de costume, os fiéis reuniram-se para celebrar a Eucaristia, foram à missa na Igreja de Nossa Senhora
das Candeias, mas Jacob Rabbi havia fixado um edital na porta da
igreja: após a Missa, haveria ordens do governo holandês.
O pároco, Padre André de Soveral começa
a Missa e, depois do momento da elevação do Corpo e Sangue de Cristo, as portas
da Capela foram fechadas: deu-se início às cenas de violência e atrocidade. Ao
verem que seriam mortos pelas tropas, os fiéis não reagiram, ao contrário,
"entre mortais ânsias, confessaram-se ao sumo sacerdote pelo perdão por
suas culpas", enquanto o Padre André estava "exortando-os a bem
morrer, rezando apressadamente o ofício da agonia".
Morticínio de Uruaçu
Em 03 de Outubro de 1645,
três meses depois do massacre de Cunhaú, aconteceu outro desta vez em Uruaçú,
este também a mando de Jacob Rabbi
Dizem os Cronistas que, logo após o
primeiro massacre, o medo se espalhou pela Capitania e
por outras capitanias, a população ficou receosa, pois tinha medo de que novos
ataques acontecessem, o que não demorou muito]. Foram cenas
idênticas, apesar de que, neste massacre, as tropas usaram mais crueldade.
Depois da elevação, fecharam as portas da igreja e os mataram ferozmente,
arrancaram suas línguas para não proferirem orações católicas, braços e pernas foram decepados,
crianças foram partidas ao meio, e grande parte dos corpos foi degolada. O
Celebrante, Padre Ambrósio
Francisco Ferro, mesmo vivo, foi muito torturado. O camponês Mateus Moreira, mesmo arrancado seu coração,
exclamou: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento".
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