INVESTIGAÇÃO
SECRETARIA ABRE INVESTIGAÇÃO SOBRE DILIGÊNCIA NA CASA DO FILHO DE LULA
CASA DE MARCOS CLÁUDIO LULA DA SILVA FOI ALVO DE AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO APÓS DENUNCIA
Publicado: 11 de outubro de 2017 às 20:03 - Atualizado às 20:05
CASA DE MARCOS CLÁUDIO LULA DA SILVA FOI ALVO DE AÇÃO DE BUSCA E
APREENSÃO APÓS DENUNCIA SOBRE ARMAZENAMENTO DE DROGAS E ARMAS.
O secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Mágino
Alves Barbosa Filho, determinou hoje (11) a instauração de
procedimento administrativo para apurar em que condições
ocorreu a diligência de busca e apreensão realizada ontem
na casa de Marcos Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.
O delegado responsável pela diligência também foi afastado do caso.
Ontem, a casa de Marcos Cláudio, em Paulínia, no interior paulista, foi alvo
de uma diligência de busca e apreensão realizada pela Polícia Civil. O mandado
para a ação foi emitido pela juíza Marta Brandão Pistelli, da 2ª Vara do Foro de Paulínia. Segundo o pedido da Polícia Civil para a autorização da busca e
apreensão, uma denúncia anônima apontou que o endereço estava sendo utilizado para armazenamento de grande quantidade de drogas e armas. O pedido dizia ainda que investigadores permaneceram em campana no endereço citado, percebendo grande movimentação de pessoas. De acordo com a juíza Marta, o pedido não identificava o morador da residência e veio instruído com documentos e relatório firmado por três investigadores. Além disso, a solicitação foi remetida ao Ministério Público, que opinou favoravelmente ao deferimento da busca e apreensão. “Nada relacionado ao tráfico de drogas foi encontrado. A autoridade policial deliberou por apreender documentos e computadores, sob o argumento de possível relação com o crime investigado. Na data de hoje, após pedido formalizado pelo advogado constituído pelo Sr. Marcos, foi deferida a restituição de todos os objetos apreendidos, dada a ausência de relação com o objeto do processo”,
disse a juíza em nota.
O advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, criticou a ação da polícia e a classificou como abusiva. “A busca e apreensão, feita a partir de denúncia anônima e sem base, não encontrou no local o porte de qualquer bem ou substância ilícita, o que é suficiente para revelar o caráter abusivo da medida”. (ABr)
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