O MUNDO ESTÁ NUMA SINUCA DE BICO
Biden prevê chegada de “nova ordem mundial” e que “os EUA devem liderá-la”
Presidente estadunidense apontou criticou Putin e a China, dando a entender que são os inimigos nessa disputa: “este é um momento em que as coisas estão mudando, e nós (os EUA) devemos conduzir o resto do mundo livre nessa missão”
O discurso do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na noite desta segunda-feira (21/3), deixou de ser somente uma declaração protocolar durante um evento com empresários realizado em Washington, e se transformou em vídeo viral nas redes sociais, devido ao trecho em que ele fala que “este é um momento em que as coisas estão mudando. Haverá uma nova ordem mundial e nós (os Estados Unidos), devemos liderá-la, e devemos conduzir o resto do mundo livre nessa missão”.
As palavras Joe Biden foram proferidas durante o “Business Roundtable”, uma reunião trimestral com CEO´s que costuma ser pautada pelas questões econômicas que afetam os Estados Unidos, mas que nesta edição foi dominada por temas relacionados à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Antes de falar em “nova ordem mundial”, Biden preparou o terreno, com um relato sobre como a ordem mundial pós-Segunda Guerra Mundial se instalou: “60 milhões de pessoas morreram entre 1900 e 1946. E desde então, estabelecemos uma ordem mundial liberal, e isso não acontecia há muito tempo. Muita gente morreu depois disso, mas não houve nem de longe o caos que existia antes”, disse o presidente estadunidense.
Em outro momento do discurso, Biden fez pesadas críticas ao presidente russo Vladimir Putin, com as quais justificou o fortalecimento da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) como um dos elementos com os quais os Estados Unidos devem se preparar para enfrentar essa “nova ordem mundial”.
“Temos que fazer o que for preciso para apoiar a Ucrânia. A OTAN nunca esteve tão forte e tão unida em toda a sua história, e isso se deve à necessidade de enfrentar as ameaças promovidas por Vladimir Putin”, disse o chefe da Casa Branca.
A China também foi alvo de críticas, em menor quantidade do que as dedicadas ao presidente russo, mas o suficiente para que a mensagem indicasse que os dois seriam, neste momento, os principais adversários dos Estados Unidos.
Ainda sobre Pequim, Biden citou a criação de um “grupo de segurança” que seria conformado também por Japão, Índia e Austrália, e que serviria para “deter as ameaças no Pacífico” – sem citar a China diretamente, mas deixando nas entrelinhas que seria o alvo principal dessa iniciativa.
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