sábado, 19 de março de 2022

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Petistas denunciam proposta de Arthur Lira para debater semipresidencialismo: “É golpe!”


18/03/2022 - 21h36

Petistas denunciam golpe para aprovar o semipresidencialismo

PT na Câmara

Parlamentares da Bancada do PT utilizaram as suas redes sociais nesta sexta-feira (18) para denunciar um golpe, em andamento, contra a soberania popular e para tentar tumultuar o processo eleitoral.

Eles se referem ao grupo de trabalho criado nesta quinta-feira (17) pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para discutir a adoção no País do semipresidencialismo – sistema de governo no qual o presidente eleito divide a gestão com um primeiro-ministro, indicado por ele e avalizado pelo Congresso.

O líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (MG), resumiu a proposta do presidente da Câmara: “É golpe”.

“Debater semipresidencialismo agora é tentar tumultuar o processo eleitoral. Um golpe contra a soberania popular. A proposta já foi rejeitada em plebiscito e querem tratar num grupo de trabalho, instância que nem existe no Regimento Interno da Câmara”, denunciou.

Na avaliação do deputado Rogério Correia (PT-MG), o Centrão sabe da derrota de Bolsonaro e acena com o golpe do parlamentarismo, apelidado de semipresidencialismo. “A mudança só pode ocorrer via plebiscito, que já foi feito. Agora, Arthur Lira chama o expert Michel Temer para comandarem a quartelada institucional”, criticou.

O grupo de trabalho será coordenado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) e contará com a participação de parlamentares do Novo, PV, Republicano, PP, PTB, PCdoB, União e Pros.

O colegiado terá ainda um conselho consultivo, coordenado pelo ex-ministro Nelson Jobim, com a participação do ex-presidente golpista Michel Temer. O grupo dispõe de 120 dias para concluir o trabalho, prorrogáveis pelo mesmo período.

Intolerância da direita

Na avaliação da deputada Natália Bonavides, o debate sobre semipresidencialismo “é a prova da intolerância da direita, bolsonarista ou não, com um possível novo governo popular. A prioridade do Parlamento brasileiro agora deve ser combater a fome, o desemprego, a miséria e o desalento que assola a vida do povo. Lamentável!”.

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