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POLICIA INVADE A VILA CRUZEIRO, SALDO ATÉ AGORA 25 MORTOS
BOLSONARO JUSTIFICA MATANÇA NA VILA CRUZEIRO E MORADORES RELATAM HORAS DE TERROR
TOTAL DESRESPEITO À ADPF-635 QUE LIMITA AS INCURSÕES A CASOS EXCEPCIONAIS
VINTE E OITO ESCOLAS FECHADAS E FAMÍLIAS TRANCAFIADAS EM CASA
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PEDE EXPLICAÇÕES SOBRE OPERAÇÃO
Uma política de segurança baseada no extermínio de pessoas ligadas ao narcotráfico, a maioria residentes em favelas provoca uma "guerra" sem fim onde milhões de pessoas inocentes ficam ao abandono morrendo em um "fogo cruzado". O presidente Jair Bolsonaro elogia as ações do BOPE a quem chama de "meus bravos guerreiros" e justificou a matança nas redes sociais, em um trecho afirmou: "fazendo-se necessário o uso da força para conter as ações", em verdade um estímulo à violência exacerbada como única forma de combater a criminalidade. A incursão policial com beneplácito das autoridades vai em total desrespeito à ADPF-635 que limita às incursões policiais em favelas a casos de excepcionalidade.
Uma operação policial na Vila Cruzeiro, Zona Norte do Rio de Janeiro deixou um rastro de vinte e quatro mortes e muito medo entre os moradores da Vila Cruzeiro no chamado Complexo da Penha. É uma das favelas dominadas pela rede criminal Comando Vermelho que domina a maioria das mais de mil favelas do Rio de Janeiro. A operação que começou às quatro horas da madrugada teria como justificativa um comboio de narcotraficantes da Vila Cruzeiro para a Favela da Rocinha na Zona Sul da cidade. Em realidade teria sido para prender frentes do Comando Vermelho como Abelha que daria as ordens "no asfalto" sob a orientação da cúpula da rede criminal que tem como "presidente" Marcio do Morro do Alemão o Marcinho VP que está em presídio de segurança máxima. A Defensoria pública declarou que uma operação desse tipo com tantas mortes e escolas e postos de saúde fechados jamais seria feita na Zona Sul da cidade
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