terça-feira, 24 de maio de 2022

LEONARDO ATTUCH

O golpe de estado de 2016 apodrece em praça pública

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(Foto: Divulgação | ABr)
 

Vamos contar aqui uma breve história recente do Brasil. Em 2006, no governo do ex-presidente Lula, a Petrobrás anuncia a descoberta do pré-sal. Com a confirmação das reservas em uma das maiores bacias petrolíferas do mundo, o Brasil passou a atrair a cobiça internacional. Em 2013, o governo de Barack Obama assumiu a espionagem contra a ex-presidente Dilma Rousseff. A Petrobrás também vinha sendo espionada.

Naquele mesmo ano, montaram-se as "jornadas de junho", que tinham como objetivo central desestabilizar o governo da ex-presidente Dilma, que até então era aprovada por 70% dos brasileiros e caminhava para uma reeleição tranquila. O objetivo final das manifestações era garantir uma mudança de bastão, pela via eleitoral, para o partido das elites, o PSDB, que estava comprometido com a entrega das reservas do pré-sal à exploração privada pelo modelo de concessões. Como força auxiliar deste projeto, a Operação Lava Jato, comandada pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro, desmoralizava o Partido dos Trabalhadores e a própria Petrobrás.

Em 2014, entretanto, Aécio Neves foi derrotado por uma margem estreita. No mesmo dia, as elites nacionais, associadas ao capital internacional, decidiram promover o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, com um objetivo central: transferir a renda do petróleo, que serviria para financiar saúde, educação, ciência e tecnologia, da sociedade brasileira para os acionistas privados da Petrobrás.

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