O GLOBO DE HOJE DIA 10.02.2018
Em seu despacho, Barroso também pede que o Ministério Público Federal tome ciência do caso "para que – na condição de órgão de controle externo da atividade policial federal –, tome as providências que entender cabíveis".LEIA:
Barroso é o relator do inquérito no Supremo. Temer está sob investigação pela edição de um decreto sobre o setor de portos. A suspeita é que a medida pode ter beneficiado a empresa Rodrimar. A investigação foi pedida ainda na gestão do ex-procurador-geral Rodrigo Janot.
Declarações polêmicas
As falas de Segovia foram feitas em entrevista à agência internacional de notícias "Reuters", em matéria publicada na última sexta-feira. Na conversa, o diretor-geral da PF disse que era possível "concluir que não havia crime" da parte de Temer.
— Porque ali, em tese, o que a gente tem visto, nos depoimentos, as pessoas têm reiteradamente confirmado que não houve nenhum tipo de corrupção, não há indícios realmente de qualquer tipo de recurso ou dinheiro envolvidos. Há muitas conversas e poucas afirmações que levem realmente a que haja um crime — disse Segovia.
Além do comentário sobre o resultado do inquérito, Segovia também fez ressalvas ao trabalho do delegado Cleyber Malta Lopes, responsável pelas 50 perguntas feitas ao presidente.
— Ele pode ser repreendido, pode até ser suspenso dependendo da conduta que ele tomou em relação ao presidente — disse o diretor-geral, ao abrir a possibilidade em caso de pedido da Presidência.
As declarações de Segovia também receberam questionamentos e críticas de instituições. O presidente da OAB, Claudio Lamachia, disse que as falas eram "reprováveis". Já a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal argumentou que "nenhum dirigente da polícia pode se manifestar sobre investigação em andamento".
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