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Jornalistas lançam no Brasil manifesto contra a extradição de Julian Assange
No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, jornalistas brasileiros questionam prisão e possível extradição de Julian Assange
247 - O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa foi escolhido por várias organizações brasileiras de jornalistas, professores de jornalismo, estudantes de jornalismo e pesquisadores em jornalismo e também a Assembleia Internacional dos Povos, para divulgar, no Brasil e no mundo, um manifesto questionando as autoridades e o Judiciário britânico por manterem Assange preso, assim como pela decisão de autorizar sua extradição para os EUA, agora dependendo exclusivamente da assinatura da Secretária de Estado para os Assuntos Internos do Reino Unido, Priti Patel.
O texto também será lido em várias instâncias do legislativo em todo o país.
Leia a íntegra do manifesto.
Prisão e ameaça de extradição de Assange são agressões à liberdade de imprensa em todo o mundo
Neste 3 de maio de 2022, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, jornalistas de todo o mundo cumprem o dever de prestar homenagem a Julian Assange.
Por sua luta, determinação e exemplo, Assange contribuiu de modo decisivo para o avanço do conhecimento e da proteção do direito à informação em todo o plor.
Recolhido num presídio de segurança máxima na Inglaterra e ameaçado de extradição para os Estados Unidos – onde poderá ser condenado à prisão perpétua e sentenciado à pena de morte –, é bem conhecido. Revelou segredos das máquinas de guerra das grandes potências, em particular do império estadunidense e aliados próximos.
Denunciou mentiras, desmascarou falsos heróis, desvendou tratativas escusas entre governos. Comprovou denúncias de execução e tortura de prisioneiros e de jornalistas.
Num exemplo de rigor profissional, suas revelações sempre foram acompanhadas por farta documentação e por fotos e vídeos cuja veracidade jamais foi contestada.
Este é o drama com a liberdade de informação neste 3 de maio de 2022.
Assange é perseguido – e pode perder a vida – porque ousou dizer a verdade. Não falsificou os fatos, não omitiu, não distorceu, não mentiu nem enganou. Apenas cumpriu o dever de apurar a dura realidade deste nosso século XXI. Também não lhe faltou coragem para reportar o que descobriu.
Pelas responsabilidades que assumiu, pelos riscos que enfrentou, a permanência de Assange na prisão representará um passo na criação de um estado de exceção em escala mundial, compatível com uma nova desordem internacional já à vista no horizonte, que ameaça a liberdade de homens e mulheres e a autodeterminação dos povos.
Em nome de seu direito à liberdade – e também pela preservação de conquistas que interessam a toda a humanidade – só há uma medida correta a tomar: libertar Julian Assange já.
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